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30/04/2015-
DS/Rio comparece a homenagem aos mártires de Unaí
Onze anos após o assassinato dos Auditores do Trabalho, mandantes ainda não foram julgados

As diretoras Maria Gláudia Mamede e Sonia Cunha representaram a DS/Rio na solenidade

Transcorridos onze anos desde o assassinato dos Auditores-Fiscais do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e do motorista do Ministério do Trabalho Aílton Pereira de Oliveira, na cidade mineira de Unaí, os mandantes do crime – poderosos fazendeiros da região – ainda não foram julgados. Através de diversas medidas jurídicas protelatórias, eles tentam transferir o julgamento de Belo Horizonte para Unaí, região onde exercem influência política e econômica.

Em homenagem aos colegas mortos durante fiscalização de trabalho escravo em fazendas da localidade, a Delegacia Sindical-RJ do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) promoveu, no dia 28 de abril, solenidade de entrega da medalha “Mártires de Unaí/MG”. Instituída pelo Sinait-DS/RJ, a medalha foi entregue às viúvas e a outros servidores que atuam em “prol da plena liberdade e do trabalho digno de todo ser humano”.

Ranking nefasto – A chacina de Unaí ocorreu no dia 28 de janeiro de 2004, mas a data da homenagem (28/04), tem um sentido ainda mais amplo – é o Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho. Como destacou a presidente nacional do Sinait, Auditora do Trabalho Rosa Maria Campos Jorge, o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de acidentes de trabalho notificados. Isso representa oito mortes diárias e 700 mil mortes ou acidentes por ano, “em ocorrências registradas”.

Rosa Campos Jorge cumprimentou o presidente da DS/RJ do Sinait, Pedro Paulo Martins, pela iniciativa. Lamentou, também, o sucateamento do Estado brasileiro, que prejudica a fiscalização do Ministério do Trabalho. Atualmente, o órgão possui o mais baixo contingente de Auditores dos últimos 20 anos – há somente 3.644 fiscais em atividade e mais de mil cargos vagos. Os que ainda atuam enfrentam péssimas condições de trabalho e o receio constante de se tornarem novas vítimas de maus empregadores.

Quanto ao julgamento dos mandantes da chacina – em 2013, os executores foram julgados em Belo Horizonte e condenados –, ela garante: “Tentam levar para Unaí, enquanto o Sinait luta pelo fórum neutro. Mas, se forem julgados em Unaí, iremos todos para lá também”.

A direção da DS/Rio foi representada no evento pelas Auditoras Maria Gláudia Mamede (2ª vice-Presidente) e Sonia Cunha (Adjunta de Aposentadoria e Pensões).

Receita também ameaçada – No dia 9 de dezembro de 2008, o AFRFB José de Jesus Ferreira foi vítima de uma emboscada em Fortaleza (CE), sendo alvejado cinco vezes por indivíduos contratados pelo comerciante Farhad Marvizi, que havia sido autuado pelo colega. Jesus sobreviveu ao atentado, mas ficou seis meses tetraplégico e levou quase dois anos para retornar ao trabalho. Além disso, passou três anos em “segurança domiciliar”, escoltado por seguranças pagos através de fundo constituído pelas Delegacias Sindicais e a Diretoria Executiva Nacional (DEN) do Sindifisco Nacional – iniciativa que também cobriu os gastos com despesas médicas e assistência jurídica.

Em outubro de 2012, Marvizi foi condenado por júri popular a 20 anos de prisão em regime fechado, na penitenciária federal de Mossoró (RN). Em março de 2013, através de sua influência política e econômica, alegando problemas de saúde, tentou alterar o regime de encarceramento para prisão domiciliar. Na ocasião, as Delegacias Sindicais do Rio, Ceará, Campinas/Jundiaí, Joinville, Espírito Santo, Salvador, Poços de Caldas, Varginha e Curitiba subscreveram uma Nota de Alerta à Sociedade Brasileira, lembrando que “o atentado ao Auditor-Fiscal representou ataque direto à atuação do Estado brasileiro no combate aos crimes de contrabando e descaminho e as deletérias consequências sociais deles decorrentes”.
A exemplo do que ocorre com os Auditores Fiscais do Trabalho, a vitória na Justiça não reduz os riscos cotidianos nem a carga de ameaças dirigidas aos AFRFB, no exercício de suas funções.

 

 

 

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