Evento da Frente Parlamentar Mista lotou o Nereu Ramos e deu voz à indignação contra o desmonte do Serviço Público brasileiro
Centenas de representantes dos Servidores Públicos compareceram ao auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 12 de fevereiro, para o evento promovido pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público. Lançada em 2007, pelo então deputado Rodrigo Rolemberg, a Frente é coordenada atualmente pelos deputados Alice Portugal e Danilo Cabral e pelos senadores Paulo Paim e Zenaide Maia, além de contar com o apoio de centrais sindicais e entidades representativas da sociedade civil.
O Sindifisco Nacional marcou presença no evento, por meio do presidente Kleber Cabral, dos diretores de Assuntos Parlamentares (George Alex de Souza e Marcos Assunção) e de Administração e Finanças, e de diretores de Delegacias Sindicais. A DS/Rio foi representada pelo diretor de Relações Intersindicais e Assuntos Parlamentares Olavo Porfírio.
Olavo Porfírio (diretor de Assuntos Parlamentares) representou DS/Rio no lançamento
Impulsionada pela indignação das representações sindicais, parlamentares e lideranças da sociedade civil com o desmonte do Serviço Público brasileiro, conduzido pelo atual governo - cuja estratégia inclui a desvalorização dos Servidores e a desqualificação do seu papel social perante a opinião pública -, a Frente deu um passo efetivo, com esse evento no Nereu Ramos, para a defesa da essência e da estrutura do Estado de bem-estar social, cujo foco deve ser a proteção dos cidadãos, assim como os direitos constitucionais dos Servidores desse mesmo Estado.
Valorização - Na abertura (assista), houve o "Ato Político Pela Valorização do Serviço Público no Brasil", com a presença dos coordenadores, representantes das centrais sindicais, parlamentares e lideranças de diversos segmentos sociais, cujos discursos registraram a indignação com o desrespeito às instituições nacionais e o projeto de extinguir serviços essenciais ao povo brasileiro.
Em seguida, ocorreu o Seminário Reforma Administrativa - Desmonte do Estado como Projeto, com palestras do sociólogo Félix López ("Mitos e Verdades sobre o Funcionalismo Público"), do economista José Celso Cardoso Jr. ("A Privatização das Finanças Públicas no Brasil") e do economista Paulo Kliass ("Privatizações e Desnacionalização da Economia Brasileira").
A TV Câmara fez a cobertura do Seminário, destacando as premissas do atual governo em sua proposta de reforma administrativa, além de ouvir os argumentos de parlamentar da ala governista que é favorável à referida reforma (assista).
Redes sociais - A Frente também criou perfis nas redes sociais, para facilitar o acesso às informações fidedignas e ao debate sobre a defesa dos direitos dos Servidores e por um Serviço Público de qualidade. Eis os endereços sociais da Frente:
- Facebook (frenteparlamentarmistadoservicopublico)
- Twitter (twitter.com/FrenteServicoP)
- Youtube (frenteservicopublico)
- E-mail (contato@frenteparlamentardoservicopublico.org)
Manifestos - Os participantes do evento receberam também dois manifestos em defesa do Serviço Público. Um deles, descreve o cenário atual e a incredulidade das entidades e de parte do parlamento com propostas de reformas que irão desmontar o Estado brasileiro. O documento expressa, ainda, a compreensão "da necessidade de atualização e modernização dos serviços públicos, mas com foco no desenvolvimento da Nação e no atendimento às necessidades da sociedade brasileira, com um corpo funcional bem preparado e organizado", razão pela qual reivindica um "amplo debate sobre o serviço público brasileiro, suas necessidades e perspectivas". (leia o documento).
O outro manifesto é assinado pelas nove centrais sindicais brasileiras. Fato raro, essa iniciativa sinaliza que a gravidade do cenário atual impõe a todos a consciência de deixar de lado quaisquer divergências e unificar esforços, defendendo o que ainda resta do Serviço Público no país. Conforme registra um dos trechos do documento: "O governo federal está vendendo até a Casa da Moeda. Nem o nosso próprio dinheiro será mais impresso por nós mesmos". (leia o documento).
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